Quando acordo não olho mais o céu, tão pouco me perco em devaneios, sob os raios clarividentes da manhã.
Tenho vivido os dias como alguém que têm pressa, que corre sem saber aonde quer chegar, não sei ao menos porque corro sem saber de onde parti.
Os dias têm passado, os meses têm passado, a vida tem passado, tem passado sem mim.
Estou em uma fase onde descobri que tenho perdido a minha identidade, descobrindo assim que não se basta existir, tem que se viver.
De nada me aproveita ter muitos contatos, muitos amigos, amores e amantes.
Nem me basta, ou me satisfaz ter uma vida cheia de eventos, lazeres, farras, diversões se quem eu desejo não está aqui.
Nossa cidade é como um arquipélago, formado por inúmeras ilhas ou microcosmos que somos nós, que apesar de na maioria das vezes cercados por outras pessoas, nos sentimos sós.
Gostaria de conseguir deixar de lado os meus sentimentos e acreditar no que certo ditado alemão diz que “Tudo tem um fim. Menos a salsicha, que tem dois”.
Tenho tentado acreditar que o fim também é um começo. Fim de um momento começo de outro. Fim de um ciclo começo de outro.
Alguns irão falar e questionar o motivo pelo qual as coisas chegam ao fim, ou porque precisamos perder aquele (a) a quem tanto amamos. Boa sorte a quem entrar nessa seara, na qual entrei, chorei, sofri, bati o pé, esperneei e nada me foi respondido.
Talvez tenhamos tanto receio do fim porque ele é algo que, boa parte das vezes, não está em nossas mãos. E como tudo que não podemos controlar nos dá medo, estamos nos precavendo cada vez mais nos momentos, e cada vez mais eles vão deixando de ser tão bons, tão intensos.
Não faço apologia ao sofrimento, longe de mim! Não sei lidar com o mesmo apesar de sua existência ser inerente a nossa vontade.
Acredito que precisamos perder para voltar a dar valor as coisas simples da vida, como abraços longos e verdadeiros como o do Lipe ( Keanu Reeves), do Gu ( Milk Shake). Voltarmos a acender a nossa alma com sorrisos quentes e confortantes como o da Jú, Lelê, Mariana Santos, M&M.
Acredito piamente que somos e que devemos ser como a Fénix,

Quando a ave sentia a morte aproximar-se, construía uma pira de ramos de canela, sálvia e mirra em cujas chamas morria queimada. Mas das cinzas erguia-se então uma nova fénix, penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas ainda mais bela.
Sei que chegou a minha vez de renascer(voltar as origens, a ser que realmente somos) não que eu estivesse fingindo, encenando um papel, mas sim porque com os amigos maravilhosos que fui colecionando, cultivando e amando por essa estrada que se chama vida, fui recebendo de cada um deles um pouco de sí e dando um pouco de mim.
Do Lipe verdade e probidade, do Gustavo amor e ingenuidade, da Jú carinho e atenção, da Lelê presteza e cordialidade, da M&M alegria e cumplicidade, do João força e coragem, do Xamuca sabedoria e simplicidade e do Digo impulsividade e paixão.
Devo descer a minha pira com canela, sálvia, mirra e renascer então.
Renascer despido de preconceitos, vergonhas, esteriótipos, impressões.
Voltando assim as minhas origens enquanto ser pensante, o que sou enquanto ser único e especial e aquele que sou enquanto soma das virtudes que recebi da convivência com amigos tão incríveis, especiais e insubistituíveis como vocês.
Agora enxergo o fim como início de um novo ciclo, novas histórias, outros passeios, os mesmos amigos, porém novos amores.
Voltando assim a ver antes de domir se estão no céu as estrelas que respondem por esses nomes que fazem nossa vida mais brilhante e mais feliz!
~ ~ ~>Felipe
~ ~ ~>Gustavo
~ ~ ~>Julliana
~ ~ ~>Letícia
~ ~ ~>Mariana
~ ~ ~>João
~ ~ ~>Samuel
~ ~ ~>Rodrigo
Gilberto Gil – Drão
Drão o amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar plantar em algum lugar
Ressuscitar no chão nossa semeadura
Quem poderá fazer aquele amor morrer!
Nossa caminhadura
Dura caminhada pela estrada escura
Drão não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão, estende-se, infinito.
Imenso monolito, nossa arquitetura.
Quem poderá fazer aquele amor morrer!
Nossa caminhadura.
Cama de tatame pela vida afora.
Drão os meninos são todos sãos.
Os pecados são todos meus.
Deus sabe a minha confissão, não há o que perdoar.
Por isso mesmo é que há de haver mais compaixão.
Quem poderá fazer aquele amor morrer.
Se o amor é como um grão!
Morre, nasce, trigo, vive morre pão.
Drão.
2 comentários:
Caracaaa que d+!!! mto fera!
AHh foi mal hein...
meu nome foi o 1º!!
huahauhauahuahau
valeu Wagner!!
té+
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